quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A primeira exposição a gente nunca esquece...


Olá Amigos, 

Como venho compartilhando com todos meus ensaios e progressos no universo das artes é com grande satisfação que dou notícia de que, pela primeira vez, participarei de uma mostra coletiva em Uberlândia, cidade onde vivo há 5 anos e que não só me acolheu, como tem sido o cenário desta nova e empolgante fase da minha vida!

A exposição "Retrospectiva: 30 Anos da AICA" estará aberta à visitação de 29 de agosto a 8 de setembro, no Pavilhão de Artes da AICA - Artes Integradas do Camaru; na Avenida Juracy Junqueira de Rezende, nº 100.

Sob a curadoria do mestre Hélvio Lima - artista de fortíssima expressão nacional, premiado internacionalmente - a exposição contará com obras de diversos artistas da região e é um grande orgulho ter meus trabalhos expostos junto aos de artistas tão experientes.

Aos interessados pelo assunto, vale a visita!

Nota mental:Aceitar o convite pra esta mostra me exigiu um punhado de coragem; pela primeira vez exporei trabalhos num ambiente dedicado e entre artistas 'de verdade', bem como, pela primeira vez tomei coragem pra atribuir valor econômico a um trabalho e, podem apostar, isto significa ligeiramente mais do que a chance de ganhar alguns reais com uma tela.

Os trabalhos expostos já foram postados aqui, mas vale o repeteco:









segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Angelo di Colori

[...]
"Muito do que é na terra defendido,
No Paraíso é dado à humana gente,
A quem fora por dote prometido."

[...]
A Divina Comédia - Paraíso - Canto I.
Dante Alighieri 
(íntegra em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/paraiso.html)


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Divas

Hey guys!

Confiram o resultado de alguns dias de descanso em terras sulistas:  

Audrey Hepburn

Kate Moss



Sem discurso hoje, pipol! 
Tem novidades em verso e prosa 'pintando' por aí; e logo será notícia por aqui!
Beijones!



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Não sei quantas almas tenho.


Oi gentes!


Blog anda meio paradão, né?   É que a vida não é só lápis papel, infelizmente... Mas vão aí dois dos últimos rostos que rabisquei.. 

E pra não dizer que sou só rostinhos bonitos no papel, vai também um poema desses que acompanham a gente a vida toda... 

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu."
Pessoa.

See you soon!!

terça-feira, 16 de julho de 2013

A vida em cores dá os ares de sua graça...

Hoje o dia amanheceu florido, apaixonado, doce e benevolente. Não sou muito dada a publicar manifestação muito particulares, mas hoje, com o coração cheio de amor, deixo transbordar: carrego uma sensação de missão cumprida. Há 4 anos descobri o que era amor a primeira vista, em pouco tempo, compreendi melhor do que nunca o que significava a paixão, em tempo record a união das escovas de dente arrebatou minha percepção como uma grande aventura, e hoje, mais do que nunca, sustento um coração que transborda de amor e devoção. Se na lista das tarefas da vida está : - encontrar o grande amor da sua vida; eis minha missão cumprida! E não se trata só de amor, eu encontrei o homem perfeito, digno e honrado, carinhoso e leal, cujos mil predicados nem precisariam... quando ele se aproxima meus sentidos se entorpecem de forma que, fosse ele o que fosse, assim perfeito ou um tanto menos, eu nasci pra ser dele, a vida só nos proporcionou o encontro.

Abaixo, minhas últimas e favoritas aquarelas, coloridas, apaixonadas e derretidas...












quinta-feira, 4 de julho de 2013

Caras amadas.

Olá camaradas!

Uma pausa na preguiça e cá estou eu.

Bem, qualquer um que se dedique a fazer uma observação mais detida pode perceber que não existe qualquer regularidade na minha pretensa 'produção artística'. Não posso qualificar meus trabalhos em série, fase, movimento, ou qualquer dessas categorizações; nada se prolonga o bastante pra se firmar como característica ímpar ou pra me ajustar num perfil criativo... Tudo são estudos, experimentações, aprendizado, curiosidade, daí essa oscilação de figuras, horas caras, horas bocas, horas preto e branco, horas colorido...

Enfim, como nada se enreda, nem mesmo essa descrição tem que levar a lugar algum..

Ando noutra ultimamente e logo reaparecerão as cores por aqui.. mas dessa vez, trago meus retratos novamente.

Segue abaixo as caras da minha vida. Dos retratos que fiz, nenhum foi distanciado de alguma expressão de amor, todos, sem exceção, foram uma forma de homenagem. Meus amores:

Mamãe.
 Papel Offset. Tilibra. 128g.A4
Lalaca.
Papel Offset. Tilibra. 128g.A4




terça-feira, 25 de junho de 2013

Um pé na renascença.

Ciao amici!!

Ainda em tempos de aquarela, a pintura desse post foi inspirada num rosto desenhado por Verrocchio (Itália, 1435-1488), mestre renascentista de primeira grandeza. Embora não se trate de uma cópia (somente usei o seu desenho como diretriz) não consegui, conforme era a primeira intenção, esguichar tintas e cores neste trabalho, a suavidade da renascença tomou mais espaço do que eu pretendia conceder e esse foi o resultado:



Papel Canson 200g - A3. Grafite 0.7 e Aquarela. 

Grazie per la vizita!!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Meu marido cronista.

Olá brasileiros e brasileiras!

Hoje o dia nasceu feliz! Estava eu, virada em mais uma madrugada insone, em meio às minhas tintas da vida, quando meu maridinho, madrugador como sempre, se põe de pé na porta as 5:30 da manhã, sorridente, com aquela carinha inchada mais boa do mundo que eu amo de graça:
- Bom diaaa! Já? Vai voltar a dormir?
- Não, vou ficar aqui com vc...
E enquanto eu batalhava uma aquarelinha renascentista (teaser), senta ele com o notebook e se põe a batucar o teclado:
- Que tá fazendo aí Bb?
- Escrevendo um negócio..
Pensei: Workaholic! Passados 15 minutinhos:
-Leia.
-Quéisso?
-LEIA!
Comecei a ler e logo no primeiro parágrafo caí na gargalhada, daquelas boas de dar... No início achei que ele tinha colado aquele texto no word e tava fazendo sei lá o que, até que lá pelas tantas identifiquei umas linguagens muito nossas e me deliciei ao constatar que meu marido, aquele ogrinho tão doce, surpreendentemente, acordou inspirado e se pôs a escrever! Um texto curto e pra lá de bem humorado, delicinha de ler, inteligente e bem enredado num contexto super gracinha, super a ver com o momento, super super super!
Aí tô eu aqui bem fâ, compartilhando com vocês essa leiturinha sarcástica, afim de me gabar do meu maridex kinder ovo, que depois de 4 anos continua com o mesmo gostinho, mas sempre com novas surpresinhas...

Papel Canson 300g - Aquarela e tinta Acrílica - Tamanho A4. 


#FALTEI AO TRABALHO POR CAUSA DAS MANIFESTAÇÕES

Hoje acordei atrasado e por causa desse tanto de protestos e manifestações acabei sonhando com isso, eram várias hashtags disso, siglas daquilo, protestos pacíficos, baderneiros infiltrados e por aí vai... Quando me levantei senti que meu braço esquerdo tinha adormecido... Enquanto eu tentava lavar o rosto, trocar de roupa, o braço tava lá, todo bobo, sem movimento, daí no meio da onda de protestos eu peguei um canetão e escrevi no meu próprio braço #NÃOMEREPRESENTA, pronto... comecei a revolta!!!

Terminei de me trocar e #SAÍPRARUA, mas calma, não foi pra protestar não, foi pra pegar o metrô e ir trabalhar e de repente sinto minha perna esquerda mancando, ela tinha visto que o braço esquerdo tinha começado o protesto pra faltar ao trabalho e decidiu aderir ao movimento pacificamente, quando me dei conta meu cérebro entendeu errado o motivo da paralisação do lado esquerdo, lembrou de todas as siglas e mandou um comando pra boca que começou a gritar sem controle “FOOORA AVC, FOOORA AVC!!!”... Sem noção!

Eu já não tinha mais controle sobre mim, mas não me entreguei, enquanto o braço e a perna protestavam pacificamente continuei caminhando até o metrô pra ir ao trabalho, mesmo com o pé apertado no sapato segui em frente (eu calço 37, mas ganhei uma sapato de doação 36 e estava bem apertado), quando percebi já tinha uma nova mensagem de protesto, só que agora não era nada pacífico, meu pé ESQUERDO tinha pisado na merda e já tinha uma nova mensagem de protesto, “#PÉC37...#PÉC37!!!”...imaginem só, até meu pé reivindicando uma número de calçado maior!!

Nessa hora meu braço esquerdo pacífico já havia voltado aos movimentos, mas uma mão baderneira começou a me dar vários pescotapas e dedada nos olhos... Saí correndo de volta pra casa antes que meu pinto, que estava bem no meio do protesto, aderisse a #CURAGAY.

Texto de Diógenes Souza.

http://www.facebook.com/diogenes.souza.10

sábado, 22 de junho de 2013

Em tempos de revolução..

... uma nova fase se anuncia! 

Tanta gente dizendo tanta coisa e eu sem saber o que pensar, muito menos o que dizer, tampouco, consigo achar meia dúzia de palavrinhas pra postar.. Aí que as cores de uma aquarela se revelam furiosas num pedaço de papel... um reflexo da minha confusão? Eis aí minha novidade: 

Beijos brasileiros!

Papel Canson 300g - A4.

domingo, 16 de junho de 2013

Um pingo do mais puro amor!



As vezes a vida nos toma de assalto de coloca nos nosso caminhos situações inusitadas! Isso pode se traduzir por diversas situações hipotéticas, uma cidade que fica pra trás, o emprego chato que mereceu um bye bye, aquele namorado morno que a gente decide mandar passear, um novo curso que te ensina mil novas coisas e te apresenta mil novas pessoas... Mas nada, nada pode ser tão avassalador quanto uma nova vida que germine nas nossas vidas! 

Eis aí, então, nossa Cecília! Ela surgiu de repente, quando papai que já esperava por netinhos, se descuidou e a vida, que não é de brincadeira, lhe trouxe mais um filhotinho! E foi nessa hora que a ninhada, que já estava mais do que criada, se sobressaltou com a novidade... E custaram 9 meses até que bochechas gordinhas transformasse no mais puro amor qualquer sentimento que não ainda estivesse sem nome! Hoje ela é nosso mascotinho, nosso pacotinho de amor, nosso brigadeirinho de colher, nosso melhor sorriso e, sem dúvida, minha maior saudade! 

Agora, antes de observar o desenho do seu rostinho, sugiro que assistam esse vídeo! É rapidinho, são 34 segundinhos, mas cuidado, ela tem o poder de matar a gente de vontade de morrer de amor!


Agora sim, vamos às artes:
Referência

 


Papel Offset Tilibra - 128g - lápis 2B, 4B e 6B.

Espero que tem curtido esse post musical, bochechudinho e apaixonado! 

sábado, 15 de junho de 2013

Leonardo!!!

Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci (Anchiano, 15 de abril de 1452 — Amboise, 2 de maio de1519), foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático,engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística.

Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante.

Sketch em papel Offset Tilibra - 128 g - 21 X 27,5 cm - Lápis 4B e 6B. 




sexta-feira, 14 de junho de 2013

Aquarelas pra que te quero!

Oi gente!

Como esse negócio de ser blogueira tá na moda, eu vou aproveitar minha empolgação e emendar um post em seguida do outro mesmo, assim, bem faceira!

Embora os retratos demonstrem bem a minha evolução no desenho - como já disse outro dia,  técnica indispensável na formação de qualquer artista visual (agora dizem por aí que não é mais artista plástico, tá?), tava sentindo falta das cores por aqui...

Tô sempre intercalando algumas aventuras coloridas entre um retrato e outro, afinal, ninguém é de ferro... Já falei que gasto em torno de 10 a 15 horas pra concluir um rosto? Pois é... Cansa. Além do que, o trabalho realista, apesar de muito gratificante, restringe muito a parte criativa da coisa, por razões óbvias: tem que ficar igual, tal qual a referência! É um exercício maravilhoso pro desenvolvimento das noções de proporção, perspectiva, luz, etc, mas como sempre fui aluna do fundão, essa coisa de ser tudo certinho o tempo todo precisa de um meio termo pra continuar sendo prazerosa... e aí mergulho nas cores de volta, feliz da vida!

Como tô cheia de coisas pra postar, resolvi parar de poupar e colocar vários trabalhinhos de uma vez só (talvez eu me arrependa quando chegarem as vacas magras: período em que a criatividade resolve hibernar), mas, tudo na vida envolve algum risco, afinal, não é?

Como meus frequentadores mais fiéis devem ter notado, mudei o pano de fundo do blog hoje e a pintura da vez foi uma despretensiosa moçoila em aquarela... Tenho pesquisado, observado e tentado desenvolver diversas técnicas, coisas que vão aparecer por aqui aos poucos. Segundo 'bocas de matilde', a aquarela é a mais difícil das técnicas de pintura; fiquei surpresa ao saber; embora sejam lindas e poéticas, sempre tive um conceito (bem popular) de que as pinturas a óleo seriam a mais elevada expressão das artes, até que descobri nos googles da vida (portanto, de fonte insegura) que a pintura a óleo é a mais fácil entre as representações em tela e papel, por conta da facilidade na mistura das cores... Interessante, né? E eu, tola, sempre passei a léguas de distância das tintas óleo, já que no meu processo autodidático decidi 'começar por baixo'... até agora não arrisquei nada em óleo (pq mal dou conta de usar todo o material que já acumulei em casa) mas elas estão na minha wishlist da coleção outono inverno (pq eu uso linguagem de blogueira fashionista também, tsá? Juro que uma hora dessas eu posto meu #lookdodia de pijama com a cara toda suja de tinta ou carvão e os cabelos mais arrepiados que filhote de demônio da Tazmânia).

Tá, chega de conversa fiada... Abaixo, algumas das aquarelas que mais gostei entre as últimas tentativas... Mas olha, é realmente difícil chegar a um resultado legal, pq é tudo muito aquoso e há que se trabalhar justamente com a beleza da imprecisão das formas.
   
Papel Offset Tilibra - 128 g - 21X 27,5 cm

O mais recente, feito ontem, 13/06 - Papel Canson - Gramatura 200 - 42 X 59 cm
Papel Offset Tilibra - 128 g - 21X 27,5 cm
Esse rosto foi trabalhado com
lápis de cor aquarelável,
por isso  consegui
detalhes mais precisos
 
Papel Offset Tilibra - 128 g -
 21X 27,5 cm


Papel Canson - Gramatura 200
Tamanho: A4





















Gostaram? 

Tô super feliz com o aumento diário de acessos ao blog; todo dia entra um punhado de gente de todo canto do mundo e isso é, definitivamente, estimulante! Decidi parar de boicotar minha vontade de mostrar meu ladinho artista e isso tem sido uma verdadeira libertação... Viva a Arte!!! 

Afinal, o que seria da vida sem a arte? O que seriam dos nossos dias sem um pouco de música? O que seriam das cidades sem a arquitetura? O que seria do mundo sem as cores? E das horas vagas sem o cinema, o teatro ou a literatura? O que seria da história sem a fotografia? A arte está em todo lugar e quando se abre as janelinhas da percepção tudo se torna passível de ser eternizado, através da arte! Cada dia mais percebo que a arte é muito mais observação do que um traço ou uma pincelada; a arte está nos olhos. Qualquer mão pode criar, pode reproduzir, retratar, basta apurar os olhos... E se enredar nesse contexto pode ser transformador! De repente até mesmo aqueles abstratos confusos de outrora passam a fazer sentido, um rosto envelhecido desperta um interesse inusitado, um reflexo numa janela se revela um desafio de representação... Qualquer pensamento, idéia, sentimento ou vontade pode ser exprimido. A arte pode traduzir com beleza a mais feia das verdades. Simplesmente, não há limites.

Athur Shopenhauer, o filósofo mais azedo do século XIX, na sua obra mais importante "O mundo como vontade e representação" (que eu não dei conta de ler até o fim - ainda, pois embora muito rico, a  interpretação é difícil e a leitura pesada) explora um tema que tem a ver com essa conversa, que ele subdivide como: 'A arte como libertação da vontade'. Ele diz o seguinte:

"Tudo o que existe, existe para o pensamento, isto é, o universo inteiro apenas é objeto em relação ao sujeito, percepção apenas, em relação a um espírito que percebe, é pura representação (…). Tudo o que o mundo encerra ou pode encerrar está nesta dependência necessária perante o sujeito, e apenas existe para o sujeito. O mundo é representação(...)"

Ou seja, o mundo é o que vemos ou o que mostramos, depende de que lado estamos, mas em qualquer um deles, a escolha é nossa! 

See you soon!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Abre Alas




















A postagem de hoje traz o retrato de uma querida amiga que fez e faz toda a diferença na minha vida. Quando cheguei em Uberlândia, há 4,5 anos atrás, me sentia Cristóvão Colombo chegando nas índias: Um território estranho e cheio de possibilidades; sozinha, a solidão não demorou a ocupar espaço na nova vida e, de repente, entendi que não sobreviveria sem amigos. Foi quando comecei a minha busca... 

Fazer amigos é fácil quando a vida te enreda num circulo de pessoas que te levam a mais e mais pessoas; mas abrir a porta da rua, por a cara pra fora e sozinha partir em busca de um amigo pra chamar de seu pode revelar que essa tarefa nem sempre é tão simples, afinal, soa estranho pegar as pessoas pelo braço no meio da rua e perguntar: - tá afim de ser meu amigo? Mas acreditem, foi mais ou menos assim que tudo começou... Invadida por um tédio sufocante não vi outro jeito senão enfrentar um boteco sozinha pela primeira vez na vida, então, armei a guarda e fui! Respirei fundo, evoquei meus anjos e entrei. Acho que a lua tava em capricórnio naquela noite (chute místico puramente retórico, ok?)... 10 passos depois da porta um conhecido de pouca data me acenou e disse: Oi, chega aí... Essa é a Renata, Imperatiz desse bar e num piscar de olhos o conhecido sumiu para todo o sempre. Olhei, parei, pensei: Moça Bonita (gabriéééla kk), sorri e em 30 segundo devo ter chegado onde queria: - Me ajuda, tô sozinha aqui... preciso de amigos!! E naquele dia, mais uma vez, tive certeza de que o mundo é um bom lugar... Ela me acolheu, me apresentou um tantão das pessoas mais legais que já conheci, me embebedou, me deu comida, amigos, família e até um marido (isso é assunto pra outro post!). Uma história de amizade cheia de generosidade que rendeu tantas e tantas outras histórias que sequer cabem em palavras...

Desenhar o seu rosto foi uma forma de homenageá-la e talvez o resultado tão satisfatório tenha sido efeito de todo mel que guiou meus traços...

Obrigada por tudo Rê!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Algo urge em mim

Olá amigos!

Nessa postagem, pela ordem, o segundo retrato dessa nova fase. 

Talvez o meu artista favorito. Uma das maiores referências da arte moderna, famoso pela diversidade artistisca, criador do cubismo, teve mil e tantas mulheres e foi um criador compulsivo. Viveu e morreu criando e deixou um dos maiores legados artísticos já registrados. Morreu velhinho, quando a visão já não lhe permitia mais produzir. Despertou paixões e até um suicídio. Deixou filhos e suas telas estão ranqueadas entre as mais valiosas do mundo. Entre sketches, telas, esculturas e até mesmo poemas, em qualquer canto do mundo é possível encontrar suas obras expostas. Uma vida que vale uma pesquisa! Mr. Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de Los Remedios Cipriano de la Santíssima Trindad Ruiz y Picasso, ou simplesmente, Pablo Picasso (25/10/1881 à 8/4/1973).

Referência
Primeiro esboço - lápis 3B - papel gramatura 150.
Estudos comparativos para aperfeiçoamento
Primeiro comparativo. Ainda não finalizado








Resultado Final - Papel Off set - 128 g -
lápis 3B, 6B Faber Castel, 6B integral Koh i Noor
Pra fechar essa postagem, vai um textinho. Há tempos recebo alguns estímulos pra essa coisa de escrever, resolvi aproveitar o embalo do blog e arriscar umas linhas. Vamos ver se a coisa flui... 

Algo urge em mim


Vivo um dia após o outro aguardando com paciência e resignação a tal colheita que, dizem por aí, vem após a semeadura...Tudo segue bem .. 

Só que de vez em quando um sei lá o que me toma de assalto e lá vou eu praquele estado de espírito familiar; é um embolado de pensamentos vindos sei lá de onde, uma inquietação que me franze o cenho, um sem fim de suspiros, um amontoado de coisas dessas de sentir que não consigo dizer de jeito nenhum que jeito tem, que cara tem, se é bom ou ruim, sé é feio ou bonito, se é meu lado gente ou meu lado bicho, se é da razão ou da paixão... só sei que essa coisa entra e fica ali me espreitando, parece até que se sacode, que me espia com jeito de travessura, me cutuca e se ri toda do meu desassossego... E fico feito tola dando corda só pra ver se acho pista... mas nada se veste com roupa de resposta e eu me ascendo feito quem dança um samba, revirando tudo em mim pra ver se em algum canto acho pista que ajude o silêncio falar mais alto que os batuques da coisa.. Vivo então como diante de um trilho de trem: paro, olho e escuto, quem sabe o bonde anuncia o que trouxe, ou quem sabe me leva pro lugar das não respostas sossegadas...

Pra tudo o que olho desconfio que esteja ali o que a coisa me impende buscar... Às vezes quem se mostra são cores, as vezes traços,  as vezes letras, um poema, as vezes o silêncio, um cheiro, um gosto ou um gesto... Tudo me regala, em tudo vejo meias respostas, mas se juntar tudo dá num mosaico quem nem fala e nem cala.

E na canseira de parar, começo a querer achar que a resposta nem há e que a coisa é da gente, feito fome, feito sono, feito medo, feito alegria...

E no balé do ‘sei lá o que é isso’, como num filme repetido, uma iniciada  conhecida senta e me diz irresoluta:

“Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. (C. Lispector)”

E nessa hora fico grande de novo e a coisa me olha de baixo e sinto algo se aquietando, porém não sem birra e a coisa desacorda num berço de sabedoria comprada... mas o sono é leve. E no entender que não entendo, além da morte, acho outra dessas velhas certezas da vida: a alma inquieta só descansa em distração, voltar a si é mergulhar nas próprias urgências, mesmo que sequer as conheça.

E feito sirene sem barulho, a coisa ressona em pronúncia, num tom de canção de ninar, um verso do poeta triste:

Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...
Fernando Pessoa.
     
E assim meu sossego volta varrendo o salão e se instala, pleno, mas fugaz, pra mais um curto ciclo de paz e resignação...   
___________________________________

Aos amigos, obrigada pela audiência. Nenhuma expressão de arte chega a lugar algum senão pelos olhos alheios.

Vou tentar respeitar o cronograma de uma postagem por semana, ao menos enquanto durarem as urgências.. rs

Beijos!


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Reabertura do Blog!

Amigos, quase um ano depois da ultima postagem decidi reativar o blog.

Havia abandonado as 'criatividades' devido ao retorno de um dos ciclos inexoráveis do meu processo criativo, que por hora se resumem em dois: entusiasmo versus frustração. Muito embora pintar fosse uma forma bem sucedida de relaxamento, minha vaidade insiste em perturbar esse objetivo me impondo reconhecer a mediocridade dos produtos finais... o que resulta em telas viradas pra parede, pincéis abandonados, tintas ressecadas e eu ignorando a vontade de fazer por fazer. Ok. A prática fica frustrada, mas o interesse não; daí que mesmo sem produzir os olhos são sempre atraídos pra toda e qualquer manifestação de arte, principalmente, as visuais; e de repente que me vejo muito próxima de um super talentoso desenhista, ilustrador, artista, (curioso? clique aqui!) e não por acaso, ele abre turmas pra aulas de desenho; e a essa altura calha de encontrar aquela frustração soterrada pela vaidade, que por sua vez anda distraída.. então, as aulas começaram... e com ela alguns lápis, alguns papéis e alguns traços... e cá ressurge o entusiasmo dançando um flamenco com mil movimentos diante das minhas insônias... e dança, gira, bate nada discretamente suas castanholas e a vaidade que andava distraída ouve, olha e sorrateiramente se aproxima... seduz o entusiasmo com maledicência e decide inescrupulosamente enredá-lo nos seus mais escusos interesses... O entusiasmo, virtuoso e dedicado, trouxe consigo alguns bons resultados e ingenuamente fez-se notar... até que envolvido pela vaidade cretina viu-se por ela ser alimentado...  e cá estamos nós, eu, meu entusiasmo e minha vaidade.

Assim, decidi compatilhar com os amigos e com quem mais possa se interessar os meus estudos... Nesse processo entendi que os limites dos resultados estão na preparação e que rara é a habilidade que não é construída; para chegar ao fim, temos que partir de um início, e o meu início requereu a busca pelo domínio das formas e dos traços, portanto, do desenho! Esta busca, portanto, vem resultando no que pretendo aos poucos compartilhar neste espaço tão democrático... O blog mostrará sem muitos critérios os meus desenhos, retratos, sketches, rascunhos com diversos materiais que serão melhor descritos na sequência..

Pra essa 'reinauguração' vou compartilhar o primeiro retrato cujo resultado foi razoável... A referência é uma foto da minha adorada irmã Luiza, que inspirou minha vontade de desenhá-la não só pelo rosto lindo que tem, mas pelo carinho e atenção com que sempre analisa, critica e festeja minhas aventuras artisticas..


Referência
Como ainda não tinha a idéia de publicar os ensaios, não tenho um passo a passo registrado, mas cuidarei disso para os próximos. Lembrando que este foi o primeiro retrato, portanto, longe de estar perfeito... conforme eu for postando vcs poderão visualizar a evolução da qualidade dos desenhos.. E prometo que os próximos posts serão mais sucintos, ok? Beijos e let's to see it!












quarta-feira, 4 de julho de 2012

Zico!

My puppie!
Acrílica em tela 50X60

"Há apenas duas maneiras de se ver a vida: Uma é pensar que não existem milagres e a outra é acreditar que tudo é um milagre." Albert Einstein

segunda-feira, 25 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Negra de Turbante

Amigos, andei meio sem inspiração nos ultimos tempos, mas cá estou eu de volta com uma telinha de algumas semanas atras.. já estou esboçando coisas novas, então, logo virão mais e mais cores do coração para agradar os olhos e alma.

Mais uma das minhas negras!

Acrílica em tela - 30X40

"No realista a fé não nasce do milagre, mas é o milagre que nasce da fé".
Dostoiévski em 'Os Irmãos Karamásov'.

quarta-feira, 28 de março de 2012

A Janela

Acrìlica sobre tela 50x30
Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade.

E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.


Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.


Quem sabe quem os terá?
Quem sabe a que mãos irão?


Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.


Ide, ide de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.


Passo e fico, como o Universo.
Alberto Caeiro  (Fernando Pessoa)